Cuidados de Carnaval: Sexo Seguro


Tudo o que envolve o Carnaval está relacionado com o prazer. O prazer de se divertir, ficar com os amigos, dançar, extravasar e até fazer sexo no Carnaval com alguém diferente. Todo mundo veste a sua fantasia e inicia uma busca por outra pessoa com o mesmo astral que o seu. O amor faz parte das nossas vidas e surge quando menos esperamos, mas para que este se torne num prazer e não numa preocupação, é necessário que não nos esqueçamos da importância do sexo seguro.
Numa sociedade com cada vez menos tabus no que à vida sexual diz respeito, é vital que consigamos perceber a importância do sexo seguro e mais importante, saber como o pôr em prática.

Sabe o que é o sexo seguro?
Esta pode parecer uma pergunta simples e muito óbvia, mas a grande verdade é que existem ainda muitas pessoas que não estão devidamente informadas, principalmente no mundo LGBT. Sabia que se realizar sexo oral a uma mulher e esta tiver alguma doença, esta lhe poderá ser facilmente transmitida?
Normalmente os alertas das formas de transmissão de doenças a nível sexual focam-se nas relações heterossexuais, deixando de lado as outras inúmeras formas de obter prazer.Independentemente da sua orientação sexual, deve manter-se informado dos perigos dos actos sexuais que você pratica e não daqueles que a maior parte das pessoas pratica.Pense em todas as formas de sexo que costuma praticar e pesquise pela suas consequências.
Como se conseguir lembrar do sexo seguro numa altura quente?
Temos que ser honestos e admitir que num momento quente nem sempre é fácil ter em mente o sexo seguro. No entanto, existem formas de tornar este passo tão importante mais simples de ser lembrado.Tenha sempre métodos de protecção consigo – É mais fácil ir à carteira buscar do que à farmácia, não é?
Lembre-se de que não vai querer estragar uma vida por uma noite – Uma noite de sexo impulsivo pode ser uma óptima experiência, mas se não tiver cuidado pode tornar-se numa preocupação para a vida.Diga não à confiança – Se alguém não quer usar protecção consigo, é porque também não quis usar com outras pessoas.

Conheça algumas doenças sexualmente transmissíveis:
• SARNA: É parecida com os piolhos na região púbica, mas os ácaros são muito pequenos para serem vistos e vivem por baixo da pele.
 HIV- Os primeiros fenómenos observáveis para HIV são fraqueza, febre, emagrecimento, diarreia prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões, diarreia e dificuldades no desenvolvimento. a doença não possui cura e por ser uma doença que ataca o sistema imunológico pode levar a morte .
• Cancro mole– Causa feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais (ex.: pénis, ânus e vulva) também podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha.
• Clamídia e Gonorréia– Causa dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro, fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual, os homens podem apresentar ardor e esquentamento ao urinar, podendo haver corrimento ou pus, além de dor nos testículos.
• HPV– Causa verrugas genitais
• Doença Inflamatória Pélvica (DIP)-Causa dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre) e durante a relação sexual, dor abdominal e nas costas febre, fadiga e vômitos.
• Donovanose-Causa úlceras e destrói a pele infecta, após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em ferida ou caroço vermelho, não dói e não tem íngua,
A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por outras bactérias.

• Hepatites virais – Causa febre,fraqueza, mal-estar, dor abdominal,enjoo/náuseas,
vómitos, perda de apetite, urina escura (cor de café), icterícia (olhos e pele amarelados),e fezes esbranquiçadas.

• Herpes- Causa Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio, manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam surgir dias após a infecção,úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar ,cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam.
• Vaginite:corrimento vaginal volumoso, mais espesso que o normal, com coloração diferente, de odor fétido, acompanhado por coceira ou dor.
• Linfogranuloma venéreo– Feridas nós órgãos genitais (pénis, vagina, boca, ânus e colo do útero) que, muitas vezes, não são percebidas e desaparecem sem tratamento. Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de pus. Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar e quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pénis, escroto e vulva).
• Chatos –que são piolhos na região púbica
• Tricomoníase-Causa dor durante a relação sexual ,ardência e dificuldade para urinar ,coceira nos órgãos sexuais,e corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso.
• Sífilis primaria-Causa Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pénis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele)Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
• Sífilis secundária -Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea.Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés.Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.
• Sífilis latente – Não aparecem sinais ou sintomas.
É dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção).A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

• Sífilis terciária
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção .Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Cuidados com o sexo no Carnaval

Apesar desta festa ser muito sensual e ideal para apimentar a sua vida sexual, é preciso fazer isso com responsabilidade. Você terá prazer sim de diversas formas, mas lembre-se sempre que existem consequências em nossos actos.

Por isso, procure se proteger sempre, e esteja com muitos preservativos sempre à disposição. As doenças sexualmente transmissíveis são apenas uma parcela dos perigos de fazer sexo no Carnaval sem proteção, principalmente se for com alguém que acabamos de conhecer.
Além disso, se você vai transar com alguém totalmente desconhecido, tenha muito cuidado com o sexo oral. Também evite beber demais, já que, do contrário, acabará tornando mais difícil definir os seus limites sexuais e acabar em uma situação desagradável.

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