A Disfunção Eréctil (DE) ou “Impotência Sexual” é a
incapacidade constante ou recorrente de obter ou manter uma erecção
permitindo a actividade sexual durante pelo menos 3 meses. A DE pode
atingir os homens de qualquer idade, tornando-se mais frequente em
homens com o avançar da idade. Apresenta uma prevalência global de cerca
de 13% em Portugal e continua para muitos um assunto tabu, sendo o tema abordado com dificuldade, até com o médico de
família.
Sinais e sintomas:
A incapacidade ocasional em manter uma erecção acontece à maioria
dos homens e geralmente não será causa de maior preocupação. Os
problemas recorrentes deverão ser avaliados.
Causas:
A erecção resulta de um processo complexo envolvendo o cérebro, as
hormonas, os nervos pélvicos e os vasos sanguíneos irrigando o
pénis. As estruturas penianas responsáveis pelo mecanismo eréctil são os
corpos cavernosos, dois compartimentos cilíndricos envolvidos numa
túnica sólida (Albugínea). Em paralelo corre o corpo esponjoso contendo
a uretra. Com a excitação, o aumento do fluxo sanguíneo ao pénis assim
como a diminuição da drenagem expande os corpos cavernosos.
Encarada anteriormente como uma patologia de causas primariamente
psicológicas, a disfunção eréctil resulta com maior frequência de uma
causa física, geralmente uma doença crónica sistémica, o efeito
secundário de um tratamento instituído ou ainda a combinação destes
factores.
Outros factores importantes no desenvolvimento da doença são o
tabagismo, o alcoolismo crónico, certas medicações, nomeadamente o
tratamento do cancro da próstata, doenças neurológicas tais como a
doença de Parkinson, a Esclerose Múltipla, distúrbios hormonais
(hipogonadismo), a doença de Peyronie e os traumatismos pélvicos.
As causas psicológicas da DE representam 10 a 20 % dos casos e incluem a depressão, ansiedade, stress, cansaço, assim como o
problemas relacionais com a parceira. A imbricação de um problema
psicológico numa causa física menor inicial poderá ser a origem de uma
DE grave.
O diagnóstico da DE começa na elaboração de uma história clínica e
psico-sexual detalhada. Segue-se um exame físico assim como um controle
analítico e hormonal básico.
Quando justificado o estudo complementar poderá incluir a
realização de eco-doppler peniano, um estudo neurológico aprofundado,
provas de tumescência e rigidez penianas nocturnas, caverosometrias e
avernosografias, assim como uma consulta psicológica.
Tratamento não invasivo com bomba de vácuo
Com óptima indicação nos doentes com contra-indicações específicas para o tratamento farmacológico, tem em geral moderada aceitação. Esta é a maneira mais simples, eficaz e sem medicamentos, de produzir uma erecção com qualidade. O dispositivo com bomba de vácuo foi inventado em 1960 por Geddings Osborne para resolver o seu próprio problema de disfunção eréctil. Ele criou o sistema ErecAid baseado na pressão de vácuo e anéis de tensão para produzir e manter uma erecção normal cada vez que precisava.Como funciona?
O sistema de vácuo consiste num cilindro de plástico transparente, uma bomba manual ou de pilhas e quatro anéis de constrição. Para a usar coloca-se o anel de tensão adequado na ponta aberta do cilindro e depois insere-se o pénis na mesma. Segura-se com firmeza o dispositivo contra o corpo para manter o vácuo criado pela bomba ao tirar o ar dentro do cilindro. Assim, um vácuo parcial é criado á volta do pénis que, por sua vez, obriga o sangue a entrar no corpo cavernoso. Este processo ingurgita o pénis de uma forma semelhante a uma erecção normal.Para a manutenção da erecção é necessário reduzir a saída de sangue do pénis. Para que isto aconteça o anel de tensão é empurrado para fora do cilindro até à base do pénis enquanto o pénis ainda está com pressão de vácuo. Uma vez desfeito o vácuo já não necessita do cilindro nem da bomba. Mantendo o anel de tensão a erecção continua embora não se recomende que ultrapasse os 30 minutos. Todo o processo não leva mais do que 2 minutos e produz uma erecção quando precisar.
Aconselhamento psicológico e terapia sexual:
Pode servir como complemento das outras terapias para a DE , ou na presença de stress, ansiedade, depressão. A falta de conhecimentos acerca da função sexual normal ou qualquer tipo de tensão relacional tornam essencial uma intervenção educativa para o doente ou o casal.
Pode servir como complemento das outras terapias para a DE , ou na presença de stress, ansiedade, depressão. A falta de conhecimentos acerca da função sexual normal ou qualquer tipo de tensão relacional tornam essencial uma intervenção educativa para o doente ou o casal.
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